sábado, 2 de maio de 2009

O Dia Vivo

Sabe quando você sente que todas as chances que você teve na vida foram desperdiçadas e agora não sobrou mais nada? Pois então você deve me entender. Eu tive sorte nessa minha existência que talvez fosse importante para algumas pessoas, mas não tive sorte de ser quem eu sou. O tipo que ia só levando, que não fazia a diferença. Mas que poderia conquistar o universo se estivesse disposto. Você não acredita em mim, deve me achar prepotente e egocêntrico. Mas eu não ligo. Qual a diferença que isso faz pra você? Já para mim, é totalmente plausível. Você nem me conhece, então aceite o que eu digo e quem sabe isso faça diferença pra você.
Agora eu devo apresentar meu nome ao menos. Fernand, exatamente assim. Sem o "O". Prazer em conhecê-lo, desconhecido. Então vamos ao que me interessa, o motivo que me faz escrever. Sou um semi-morto. Não um zumbi, mas quase um cadáver. Minha vida é vazia. Não tenho um motivo razoável para o qual viver. Sem mulher, filhos, amigos ou até família. E isso considerando que eu já tenho uma boa experiência de vida. Talvez até tenha sido essa experiência que tenha me afastado das pessoas. Hoje, é o dia derradeiro. O que eu vou dar tchau para a humanidade. Mas o importante é que hoje sim, eu vou viver. É irônico. Mas eu que decido. Dizem que suicídio manda as pessoas diretamente para o inferno, então eu vou levando uma bagagem extra de pecados pra lá. [continua]




Aham, posso dizer que voltei, leitores inexistentes (:





Um comentário:

Larissa Rainey disse...

:OOO
Olha, muito bom. Escreva mais ou perecerá (?)