domingo, 3 de maio de 2009

O Dia Vivo [2]

[antes de continuar, só quero me desculpar pelo título]


Pois bem, para chegar à minha decisão levou algum tempo. É estranho, já que sei que não há mais o que fazer, só que ainda assim me sinto preso a esse vazio. É algo fatal demais escolher deixar tudo para trás e não saber o que virá. Mas também, o que eu estou deixando para trás? Eu diria que deixo a existência medíocre que tive. Não diria que sou covarde. Você acha que não preciso de forças para seguir adiante com essa decisão?
Quanto à escolha de pelo menos aproveitar esse último dia, achei que eu merecia. Sempre essa monotonia me matou, quero viver de verdade uma vez. O que eu vou fazer já não foi tão difícil de escolher. Todo mundo tem algo que deseja, algo que lhes foi vetado. Falando nisso, proibição só gera desejo. E esse desejo se acumula fazendo com que chegue a se tornar uma obsessão. E o que você faz quando se torna obsessivo? Perde tudo. Tudo. E ainda não tem o que queria. Eu tenho uma imensa vontade de rir dessas pessoas, e realmente, eu rio. Elas são ridículas e imaturas, sem noção da vida. Não sou assim, mas tenho desejos que não pude realizar. Só que não me torturei por não tê-los, preferi pensar que os teria algum dia. E é o que eu vou fazer. Ter o que quis.

3 comentários:

felipe ! disse...

você ganhou mais um leitor,
por que adoro textos suicidas :)

de verdade.



o meu é esse. tem algo de suicida :
www.improperiomusical.blogspot.com

The thousand F's and the 2 L's disse...

hmmm.. Acho que falta um pouco de vocabulário mais "eloqüente". Acho que pra um semi-morto, está muito simples. Mas você escreve muito bem, leozito ;) Parabéns!

Anônimo disse...

Nunca deixará de ser hipócrita e subpotente apenas à seu mundo né. Talvez, se você pelo menos pudesse fazer algo que querem que façam por ti, esses pensamentos medíocres e estupefatos poderiam ser evitados.