terça-feira, 5 de maio de 2009

O Dia Vivo [4]

E lá estava a presa. O ser desconhecido que ia saciar minha vontade. Era bela, de fato. Algo estonteantemente exótico exalava de sua aparência. Era ruiva e tinha a inocência estampada em sua face, apesar de ser uma mera prostituta. Sim, acho que era isso que me atraiu, e além do mais, pessoas não dão muito por falta de mulheres da noite. Só querem saber delas quando há o interesse e depois as descartam, são lixo. Algo no qual você goza e nem diz boa noite ou obrigado. Ao menos eu agradecerei, isso se tiver tempo.

Disse a ela que queria foder no bosque ali próximo, não houve oposição. Ela devia estar acostumada com caras possuindo fetiches estranhos, se bem que eu não considero sexo ao ar livre um fetiche. "E como eu a mataria?", você deve pensar. Aí que está, não a matarei. Qual a graça de um corpo sem reação? Eu quero vê-la sentindo a agonizante dor, e me suplicando para que pare. Mas eu não vou parar, até não estar satisfeito, ao menos. Minha arma é uma faca dobrável, ótima para colocar no bolso e que poderia cortar até uma alma. Ela não percebeu, está escuro. Quando perceber, já será tarde demais.

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